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O Sindicato dos Bancários de Mogi das Cruzes e Região realiza nesta quinta-feira (1o de outubro) assembleia para avaliar a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na última sexta-feira (25 de setembro). O indicativo do Comando Nacional é pela rejeição da proposta, que resultaria em perdas salariais de 4% à categoria, e deflagração de greve a partir do dia 6 de outubro.
A assembleia que reunirá bancários das cinco cidades que compõem a base de atuação do Sindicato – Mogi, Suzano, Poá, Biritiba Mirim e Salesópolis - será realizada às 18h30 em primeira chamada e às 19 horas em segunda chamada, na sede da entidade (Rua Engenheiro Eugênio Motta, 102, Jardim Santista, Mogi).
Durante a última mesa de negociação realizada no dia 25 de setembro, a Fenaban propôs índice de 5,5% de reajuste para salários e vales, o que nem chega perto de repor a inflação de 9,88% (INPC), mais abono de R$ 2,5 mil, não incorporado ao salário, o que representariam perdas de 4% nos salários e demais verbas da categoria.
Entre as reivindicações da classe estão o reajuste salarial de 16% (composto de reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR), piso e vales alimentação e refeição maiores, mais segurança, fim das demissões e da terceirização, além de melhores condições de trabalho com o combate às metas abusivas e ao assédio moral.
O presidente do Sindicato, Francisco Candido, destacou que a proposta da Fenaban representa um retrocesso aos trabalhadores e anula os ganhos conquistados em 2013 e 2014. Ele também frisou que os cinco maiores bancos do País – Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa - acumularam lucros de R$ 36,3 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representa um crescimento de 27,3% em seus ganhos em relação a 2014:
“Mesmo com lucros nas alturas, os bancos continuam explorando e fazendo pouco caso de seus funcionários. Desta vez, a proposta superou todos os limites e além de recusar o aumento real, os banqueiros não querem sequer repor a inflação. Algo inaceitável para um setor que ganha tanto e que nunca é afetado por qualquer crise”, diz.
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