Com a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e acordos aditivos, no último dia 03, os bancos começam a pagar a primeira parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e diferenças salariais, das verbas e dos vales retroativas a 1º de setembro.

O primeiro a fazer o crédito da primeira parcela da PLR foi o Banco do Brasil. No mesmo dia da assinatura, o banco pagou, a todos os funcionários, valor correspondente à distribuição linear de 4% do lucro líquido semestral, além dos módulos bônus e Fenaban. As diferenças serão pagas até 20/11.

Na sexta-feira 6/11, a Caixa Federal pagou 60% do total da PLR, composto pela regra básica da Fenaban – 90% do salário reajustado em 10% mais R$ 2.021,79, limitado a R$ 10.845,92 – mais valor adicional de 2,2% do lucro líquido divididos igualmente entre os bancários limitado a R$ 4.043,58. Soma-se ainda a PLR Social, que corresponde a 4% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os trabalhadores. O banco se comprometeu em pagar as diferenças até 20/11.

O Bradesco pagará a antecipação da PLR e o valor adicional no dia 10/11. Sobre as diferenças, ainda não se pronunciou. O Santander pagará PLR e adicional em 12/11 e, no dia 19, as diferenças.

No dia 13, o HSBC pagará a antecipação da PLR mais a bonificação de R$ 3 mil aos funcionários entre os níveis 13 e 24, excetuados os níveis de gestão que recebem a PPR. Já as diferenças mais a 13ª cesta alimentação serão pagas no dia 27.

O Itaú anunciou que pagará a antecipação da PLR na quinta-feira 12, juntamente com a PCR (Participação Complementar de Resultado).Salário e diferenças serão creditados no dia 27.

Em negociação específica na quarta-feira 4, os funcionários do Safra garantiram Participação nos Lucros e Resultados e o valor adicional com acréscimo de 20% em relação à CCT. A antecipação da PLR ocorrerá em 12/11 e as diferenças salarias em 25/11.

De acordo com a CCT, os bancos têm até 13/11 para pagar a antecipação da PLR que, no caso dos privados, deve ser de 54% do salário, mais fixo de R$ 1.213,07, limitado a R$ 6.507,55 e ao teto de 12,8% do lucro líquido do banco - o que ocorrer primeiro apurado no 1º semestre deste ano). Mais a regra adicional: 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre, dividido igualmente entre os trabalhadores, com teto de R$ 2.021,79.

Quanto à segunda parcela da PLR, a data limite é 1º de março de 2016.

Vale lembrar que, em 2013, os trabalhadores conquistaram isenção ou descontos menores do Imposto de Renda sobre a PLR. Assim, com a correção da tabela do IR, os bancários com vencimentos até R$ 6.677,55 de PLR estão totalmente livres do imposto.

Conforme estudo do Dieese, todo o montante da Participação nos Lucros e Resultados da categoria bancária injetará, ao longo de 12 meses, R$ 6 bilhões na economia. Ao passo que todas as conquistas desta Campanha Nacional 2015 será de aproximadamente R$ 11 bilhões. “Além dos ganhos aos bancários, as mobilizações da categoria em 21 dias de greve resultam em maior giro da economia, possibilitando importante ganhos para o conjunto da sociedade”, afirma Luiz César de Freitas, o Alemão, presidente da FETEC-CUT/SP. (Fonte: Fetec/CUT-SP)