O Plano de Lutas apresentado na 27ª Conferência Estadual da FETEC-CUT/SP foi aprovado por unanimidade pelos delegados e delegadas que representam os 14 sindicatos da base da federação.
Na ocasião, a secretária-geral, Ana Lúcia Ramos Pinto, também apresentou os delegados eleitos para a 27a Conferência Nacional, que acontece nos dias 22, 23 e 24 de agosto.
A presidenta da FETEC, Aline Molina, colocou em votação resoluções, que também foram aprovadas por unanimidade.
Confira o Plano de Lutas na íntegra
EIXO 1 – Em defesa da democracia e contra o fascismo
Fortalecer o papel dos bancos públicos.
Ampliar as lutas internacionais junto ao movimento sindical mundial.
Fortalecer os comitês de luta.
Debater a importância de eleger candidatos, em todas as esferas (municipais, estaduais e federais), que defendam as pautas dos trabalhadores.
Reforçar a parceria com o DIAP.
Manter a defesa intransigente da CCT.
Denunciar o modelo de gestão dos bancos.
Resgatar o papel central do Estado no desenvolvimento, conscientizando sobre a importância do que é público.
EIXO 2 – Avanços tecnológicos, inteligência artificial e impacto no trabalho bancário
Atualizar e analisar as mudanças tecnológicas que envolvem o sistema financeiro.
Negociar formação, reciclagem e treinamento em novas ocupações.
Defender o emprego bancário, realizando levantamento no CNAE e CBO para que todos os bancários e financiários estejam enquadrados no ramo.
Responsabilizar os bancos pelos impactos na sociedade e na categoria.
Ampliar a ação sindical nas áreas de TI.
Denunciar práticas abusivas de vigilância e metas inalcançáveis.
Defender que a implantação de novos processos que envolvem IA seja realizada por bancários.
Dialogar com a sociedade sobre as mudanças tecnológicas nos bancos e defender a socialização dos ganhos tecnológicos.
Lutar pela preservação de empregos com direitos no setor digital.
Defender a manutenção das agências físicas, com abaixo-assinados, projetos de lei e campanhas de conscientização.
EIXO 3 – Regulação do Sistema Financeiro Nacional
Defender a regulamentação do sistema financeiro, definindo o papel e os limites de atuação dos bancos, cooperativas, fintechs, startups etc.
Estimular a realização de audiências públicas para aprofundar o debate com especialistas, representantes do setor e sociedade civil.
Atuar pela criação de legislação que estabeleça critérios claros para coibir práticas de empresas que mascaram sua atividade econômica visando vantagens tributárias e trabalhistas.
Dialogar com Ministério da Fazenda, Ministério do Trabalho, Banco Central, Ministério Público e entidades empresariais.
Retomar o debate sobre o papel do Banco Central: autonomia x independência.
Defender o combate à especulação financeira e às remessas de lucros ao exterior.
Ampliar a negociação coletiva em cooperativas e financeiras.
EIXO 4 – Redução da jornada de trabalho sem redução salarial
Lutar pelo fim da escala 6 X 1 para toda a sociedade fortalecer o plebiscito popular proposto pela CUT
Debater a sobrecarga de trabalho e metas abusivas que levam a extensão de jornada
Redução da jornada de trabalho
EIXO 5 – Novas formas de trabalho: terceirização e pejotização no setor bancário
Mapear novas formas de trabalho.
Atualizar o mapeamento do ramo financeiro para ampliar as negociações (cooperativas de crédito, fintechs, financeiras, correspondentes bancários etc.).
Retomar o debate sobre contratação diferenciada para determinados grupos, como trabalhadores da área de tecnologia.
Agendar audiência pública para debater a regulação e fiscalização das fintechs, garantindo segurança ao consumidor bancário.
Articular denúncias sobre impactos do fechamento de agências junto a órgãos de defesa do consumidor (Procon, Idec).
Lutar pela extensão dos direitos dos bancários aos trabalhadores terceirizados do sistema financeiro.
EIXO 6 – Formação para a classe trabalhadora
Ampliar a realização de cursos de formação política para militantes e bancários de base.
Promover formação continuada para dirigentes sindicais e funcionários.
Intensificar a formação de dirigentes nas áreas de diversidade.
Fortalecer, ampliar e atualizar a grade de cursos profissionalizantes dos sindicatos conforme novas demandas da categoria.
Estudar a viabilidade de ofertar cursos também para terceirizados e familiares do sistema financeiro, ampliando o conceito de “Sindicato Cidadão”.
EIXO 7 – Comunicação popular na era das redes sociais
Utilizar e adequar diferentes linguagens para diferentes contextos — política, social e categoria bancária — com comunicação simples e acessível.
Intensificar a interação com a categoria por meio de ações sindicais presenciais e atividades voltadas para trabalhadores em home office (ex.: plenárias virtuais).
Realizar campanhas de conscientização sobre o papel do sindicato, defendendo a liberdade sindical e fortalecendo a organização nos locais de trabalho.
Campanhas propostas:
Campanha nacional de informação e mobilização, incluindo participação na consulta pública do Banco Central sobre o uso da palavra “bank” por instituições não bancárias.
Campanha de conscientização para a sociedade e a categoria sobre a redução da jornada de trabalho, destacando as vantagens para saúde e produtividade.
Resoluções aprovadas
Defesa da Soberania
Defesa do PIX
Lutar contra as interferências norte-americanas
Participação no 7 de setembro em defesa da Soberania e em apoio ao Plebiscito Popular contra a escala 6×1 e pela taxação das grandes fortunas.
Moção encaminhada pelos delegados
Moção de Repúdio ao Tarifaço de Donald Trump e pela Defesa da Soberania Nacional.
Fonte: FETEC CUT SP |