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Os bancários da base do Sindicato de Mogi das Cruzes, que inclui os municípios de Suzano, Poá, Biritiba Mirim e Salesópolis, sairão às ruas nesta quarta-feira (31 de agosto) para lançar oficialmente a Campanha Nacional Unificada 2016, que este ano defende reajuste salarial de 14,78%.
O ato contará com a presença da caravana da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Fetec/CUT), que virá à Mogi para percorrer as agências bancárias da malha central. A concentração está prevista para as 10 horas, no largo do Rosário (Praça da Marisa).
Entre as reivindicações da categoria estão o reajuste salarial de 14,78% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 8.317,90, piso de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último), vales alimentação, refeição, 13a cesta e auxílio creche/babá no valor de R$ 880 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
A minuta de reivindicações da categoria foi entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 9 de agosto e as negociações tiveram início dia 18. A pauta dos bancários também inclui a defesa das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora, ameaçados pelo governo interino de Michel Temer.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Mogi das Cruzes e Região, Francisco Candido, diz que os rumos das negociações mostram a necessidade de reforçar as mobilizações diante da resistência dos banqueiros e das medidas anunciadas pelo atual governo que restringem direitos:
“Temos um indicativo de que iremos protagonizar uma das campanhas mais difíceis diante da atual conjuntura política e econômica, que vem ameaçando os direitos trabalhistas e o patrimônio brasileiro, como é o caso do Banco do Brasil e da Caixa. Por isso, estamos muito organizados e preparados para resistir às pressões e combater qualquer gesto que resulte em retrocessos à classe trabalhadora, principalmente quando se trata de um setor que nunca está em crise e sempre registra lucros exorbitantes às custas de funcionários sobrecarregados e das altas taxas cobradas dos clientes”, destaca.
Principais reivindicações da Campanha Nacional Unificada 2016
· Reajuste salarial: 14,78% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real);
· PLR: 3 salários mais R$ 8.317,90
· Piso: R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);
· Vales alimentação, refeição, 13a cesta e auxílio creche/babá no valor de R$ 880 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
- Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;
- Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;
- Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
- Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;
- Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Pauta geral
· Defesa dos direitos trabalhistas
· Defesa das empresas públicas, como Banco do Brasil, Caixa, BNB, entre outras
· Contra reforma da previdência que impõe idade mínima para aposentadoria
· Manutenção do Sistema Único de Saúde (SUS) |