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Em Assembleia realizada na noite desta sexta-feira (2 de setembro) os bancários da base do Sindicato de Mogi, que inclui os municípios de Suzano, Poá, Biritiba Mirim e Salesópolis rejeitaram a proposta de índice da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 6,5% reajuste salarial e aprovaram greve por tempo indeterminado a partir de terça-feira (6 de setembro). A paralisação ocorrerá em todo o País.
A proposta apresentada ao Comando Nacional na última segunda-feira (29 de agosto) representa perda real de 2,8% (de acordo com a inflação de 9,57%). Além dos salários (veja quadro), esse reajuste rebaixado significaria, em um ano, uma perda de R$ 436,39 nos vales-alimentação e refeição, se levada em conta essa inflação projetada.
O presidente do Sindicato dos bancários de Mogi das Cruzes e Região, Francisco Candido, explicou que o índice proposto está muito aquém das reivindicações da categoria, que busca reajuste salarial de 14,78% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 8.317,90, piso de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último), vales alimentação, refeição, 13a cesta e auxílio creche/babá no valor de R$ 880 ao mês para cada (salário mínimo nacional):
“Além de não avançar, a proposta de 6,5% trata-se de um retrocesso para os bancários, pois implica em perdas salariais. Um desrespeito em se tratando de um setor que nunca é abalado pela crise e registrou lucro exorbitante no primeiro semestre às custas de funcionários sobrecarregados e altas tarifas. Não resistiremos a uma proposta tão descabida quanto esta”, destacou.
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