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Bancários esperam nova proposta na negociação desta terça (20/10)
20/10/2015
Expectativa é que a Fenaban apresente uma proposta que reponha a inflação e traga aumento real aos trabalhadores que chegam ao seu 15o dia de greve em todo o País

A força da greve dos bancários, que chega ao seu 15o dia, levou a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a chamar o Comando Nacional dos Bancários para uma nova rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada 2015. A proposta será apresentada nesta terça-feira (20 de outubro), às 16 horas, no Hotel Maksoud Plaza (Alameda Campinas, 150 - 2º andar - Sala Primavera, em São Paulo).

 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Mogi das Cruzes e Região, Francisco Candido, a expectativa é que os bancos tragam uma proposta à altura das reivindicações dos trabalhadores, que pedem a reposição da inflação mais aumento real, o que culminaria com o fim da greve:

 

“Essa nova rodada é resultado da força e mobilização da categoria que vem se mantendo unida e ampliando as paralisações nas agências a cada dia. Esperamos que desta vez a proposta contemple nossas principais reivindicações. Não é só por melhores salários que lutamos, mas por condições dignas de trabalho e de atendimento nas unidades financeiras, com o fim das demissões, da rotatividade e do assédio moral para cumprir metas inatingíveis”, diz.

 

A greve dos bancários começou no dia 6 de outubro com a paralisação de 22 agências de Mogi. Aos poucos, o movimento foi ganhando força e ampliando o volume de unidades fechadas, chegando a 98%, o que representa 74 agências fechadas da base do Sindicato de Mogi, que também responde por Suzano, Poá, Biritiba Mirim e Salesópolis.

 

Estão entre as reivindicações dos bancários o reajuste salarial de 16% (composto de reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR), piso e vales alimentação e refeição maiores, mais segurança, fim das demissões e da terceirização, além de melhores condições de trabalho com o combate às metas abusivas e ao assédio moral.

 

A proposta inicial da Fenaban foi de reajuste de 5,5% e abono de R$ 2,5 mil não incorporado ao salário e demais verbas. Além de não repor sequer a inflação de 9,88% (INPC), o índice representa perdas de 4% nos salários e demais verbas da categoria.

 

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